sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Nova etapa da operação Anátema prende mais um vereador que trabalha para o crime organizado na Bahia

Polícia da Bahia segue atingindo o coração financeiro do crime no estado, com estratégia e inteligência  

Ailton Leal vereador (PT), Santo Estêvão e o vereador Marcão da Pipa (PSB), de Jaguari


Seis pessoas foram presas nesta quinta-feira (4) durante a segunda fase da Operação “Anátema”, que mira uma organização criminosa com atuação na Bahia e em outros estados. Os mandados foram cumpridos em Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Feira de Santana e Santo Estêvão, além de cidades de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

Nesta Segunda fase, o vereador Marcão da Pipa (PSB), de Jaguari, no Centro-Norte da Bahia, está entre os seis presos da segunda fase da Operação Anátema, deflagrada nesta sexta-feira (5). Segundo informações da polícia, o político já havia sido alvo da primeira fase da operação, quando um imóvel ligado a ele foi um dos endereços onde se cumpriu mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça.

Marcão e os demais presos são investigados como parte de um grupo que funciona como braço de um esquema que desviou R$ 4,3 bilhões para a facção Bonde do Maluco (BDM). A estrutura é comandada por Fábio Souza Santos, conhecido como “Geleia”, um dos traficantes mais perigosos do estado, foragido desde 2023. Avanços nas análises financeiras e patrimoniais permitiram a identificação do vereador e dos outros investigados.

Ele não é o primeiro vereador preso na operação. Em setembro, policiais detiveram o vereador Ailton Leal de Araújo (PT), de Santo Estêvão, além de outros seis integrantes do esquema criminoso. À época, as investigações apontaram que o político é irmão de um traficante de “alta periculosidade”.

Os mandados da nova fase da operação foram cumpridos em Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Feira de Santana e Santo Estêvão, além de cidades de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. A etapa precisou ser antecipada após informações sigilosas vazarem na imprensa baiana. O vazamento comprometeu parte das estratégias montadas para capturar os suspeitos.

A operação desta quinta-feira foi realizada em conjunto por equipes especializadas da Bahia e forças policiais de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Outras informações devem ser divulgadas conforme o avanço das diligências e liberação judicial.

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