sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Violência em Trancoso e Caraíva em Porto Seguro desespera moradores e comerciantes

 Empresários se desesperam com violência em região de Porto Seguro, onde trecho de estrada ganhou nome de “Faixa de Gaza”


De um ano para cá, conta ele – em anonimato, sob o receio de retaliação -, os episódios de violência passaram a ocorrer de maneira mais frequente e com atuações cada vez mais destemidas por parte dos criminosos, tal como as imagens que eclodiram na noite do dia 12 de Julho, um sábado, quando, armados, integrantes de uma facção abriram fogo contra a casa de um comandante da polícia na cidade de Camamu, no Baixo Sul da Bahia.

Casos como aquele se espalham pela região e, segundo reportaram lideranças, expõem a ousadia com que grupos criminosos avançam para assumir o domínio territorial e econômico de cidades do litoral sul do estado, cujo potencial turístico já foi um chamariz para investidores. Hoje, todavia, quem aportou capital nesses municípios se diz decepcionado diante da insegurança crescente e faz um apelo às forças  policiais do Estado.

“Os empresários estão pedindo socorro ao Estado. A sensação hoje é que os criminosos se sentem completamente livres para agir no extremo sul da Bahia. As autoridades têm que mostrar que o crime não é liberado, porque criminosos não encontram nenhuma resistência por parte do Estado. E quem gera emprego, renda e colocou investimentos aqui virou refém”, desabafa um empresário.

A rotina de medo tem impacto direto em locais  cujo eixo é o turismo, como Caraíva, distrito de Porto Seguro, onde as ruas ficam desertas à noite em razão do temor que há pela atuação de faccionados. O mesmo ocorre em Itaporanga, outro distrito que fica a 18 quilômetros de Caraíva, onde jovens e adolescentes andam armados pelas ruas, conforme vídeos que circulam nas redes sociais.

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