Cada vez mais casos de mortes repentinas têm vindo à tona e despertado a sensação de que se tem morrido mais por mal súbito. Essa percepção, no entanto, não é isolada. Médicos, especialmente cardiologistas, têm atendido mais pacientes com esse quadro clínico e levantado o alerta quanto a abrangência do problema, que pode afetar pessoas de todas as idades
O mal súbito é caracterizado como um evento inesperado que surge acompanhado da perda de consciência. O sintoma mais alarmante, normalmente, é a queda abrupta seguida de desmaio. Antes, pode haver sinais, como dor no peito, falta de ar, dificuldade para falar ou compreender a linguagem, fraqueza, tonturas, palpitações, paralisia do rosto e da perna num dos lados do corpo, perda ou obscurecimento da visão, perda do equilíbrio ou coordenação e dor de cabeça intensa.
Segundo o médico cardiologista Mário César Santos de Abreu, que é professor de cirurgia cardiovascular na Faculdade de Medicina da Ufba, o número de pacientes com esse tipo de quadro clínico tem crescido nos atendimentos emergenciais e há suspeita de que esses casos não se restrinjam ao Brasil. Ele afirma, contudo, que não é possível precisar o incremento de ocorrências em outros locais ao redor do mundo, o que impede a classificação do problema como pandemia.
“Apesar da percepção de um aumento generalizado, dados epidemiológicos atuais, tanto no Brasil quanto globalmente, não corroboram a ideia de uma pandemia de mal súbito. O que se observa é um aumento na visibilidade de casos e, em alguns contextos, um leve crescimento atribuído a fatores como obesidade, hipertensão e, mais recentemente, complicações relacionadas à Covid-19", afirma o especialista.
Quando acometido pelo mal súbito, o paciente pode evoluir para óbito em até 24 horas, embora a morte súbita possa ocorrer minutos após o mal-estar. Passados 60 segundos, cada minuto sem adoção de medidas para ressuscitação cardíaca reduzem as chances de recuperação em 10%.
Com informaçoes do correio24horas.com.br
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