terça-feira, 29 de julho de 2025

Ilhéus entra na mira do TCM-BA por contratos públicos suspeitos

Ilhéus, Ibititá, Maiquinique, Santo Amaro e Teofilândia entram na mira do TCM-BA


Mais de R$ 30 milhões em contratos públicos suspeitos. Esse é o saldo alarmante levantado por auditorias do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), envolvendo cinco municípios baianos: Ilhéus, Ibititá, Maiquinique, Santo Amaro e Teofilândia. Os dados foram obtidos a partir do sistema SIGA e revelam uma série de irregularidades em licitações e na execução de contratos administrativos, em especial na área de obras e serviços urbanos.

O caso mais grave envolve o município de Ilhéus, onde, em apenas um exercício, foram registrados gastos superiores a R$ 14,5 milhões em obras e serviços de engenharia, além de R$ 6,7 milhões com limpeza urbana. A auditoria apontou fortes indícios de sobrepreço, o que resultou em recomendações para ressarcimento ao erário e aplicação de multas ao responsável.

Em outras cidades como Ibititá e Maiquinique, os técnicos do TCM identificaram inconsistências na execução contratual e ausência de documentos comprobatórios para pagamentos realizados, o que levanta dúvidas sobre a real prestação dos serviços. Em Santo Amaro e Teofilândia, os auditores também encontraram falhas graves na condução de processos licitatórios, como direcionamento e ausência de competitividade, além de pagamentos sem a devida fiscalização da execução contratual.

Essas constatações fizeram com que os órgãos de controle intensificassem a fiscalização sobre as prefeituras envolvidas, gerando ações corretivas, multas e até recomendações de ressarcimento com recursos próprios dos gestores públicos. As falhas vêm sendo acompanhadas não apenas pelo TCM, mas também por representantes do Legislativo e pela sociedade civil organizada, que cobram mais transparência e responsabilidade no uso dos recursos públicos.

O caso expõe uma triste realidade: milhões de reais que deveriam ser aplicados em infraestrutura, saúde, educação e melhoria da qualidade de vida da população estão sendo desviados ou mal aplicados por má gestão e suspeitas de corrupção.

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