Em carta dirigida aos membros da Irmandade, ele justificou sua decisão citando dificuldades financeiras insustentáveis, desgaste emocional e consequências negativas em sua saúde e vida pessoal
O Hospital São José, administrado pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, enfrenta uma grave crise após a saída repentina do provedor Afrânio Jorge Andrade Freitas. Em carta dirigida aos membros da Irmandade, ele justificou sua decisão citando dificuldades financeiras insustentáveis, desgaste emocional e consequências negativas em sua saúde e vida pessoal.
Afrânio assumiu a gestão do hospital após a vitória da chapa “Renovar para Salvar”, que conquistou apoio recorde com a promessa de reerguer a instituição, mergulhada em crise econômica há mais de duas décadas. Porém, durante o período de transição (entre 9 e 31 de dezembro de 2024), ele afirma ter descoberto um cenário crítico, com dívidas acumuladas em níveis alarmantes, conforme detalhado no Relatório de Transição.
Em sua carta, o ex-provedor ainda mencionou a existência de “forças e interesses ocultos” que, segundo ele, obstruíram sua gestão e tornaram a situação “insuperável”.
A renúncia ocorre em um momento de extrema fragilidade para o hospital, que já enfrenta desconfiança da sociedade e de parceiros. A saída de Afrânio Jorge aumenta as incertezas sobre o futuro da instituição, que luta para manter seus serviços diante de desafios financeiros e administrativos.
A Irmandade da Santa Casa ainda não se manifestou sobre quem assumirá o cargo ou quais medidas serão tomadas para evitar um colapso no hospital, um dos principais equipamentos de saúde pública da região. A pressão por soluções imediatas cresce, enquanto a população aguarda respostas para garantir o funcionamento da unidade.
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