Cinco foram presos na ofensiva contra a organização que mantinha tabela com valores para cada possível vítima, dependendo da função de cada uma
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Mandados foram cumpridos com o auxílio do Grupo de Pronta Intervenção (GPI), a elite da PF | |
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira (28) cinco integrantes de uma "agência de extermínio" que cobrava R$ 250 mil para monitorar e matar pessoas comuns chegando até a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A descoberta do grupo ocorreu no âmbito de uma investigação - que tramita em sigilo - sobre venda de sentenças por servidores do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
O advogado Roberto Zampieri, figura central do esquema, foi morto a tiros no Mato Grosso por essa mesma organização, segundo fontes da PF a par do caso.
Autodenominada "Comando C4" (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos), agência era composta por civis e militares da ativa e da reserva. Grupo 'caça-comunista' teria sido responsável pela morte do advogado no final de 2023 em Cuiabá. O suspeito de ser o mandante do crime é o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, preso hoje. A motivação seria uma disputa judicial envolvendo terras em Mato Grosso com valor estimado de R$ 100 milhões.
Um Coronel da reserva do Exército é suspeito de liderar a organização. Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, 68, está preso desde janeiro de 2024, por suspeita de ligação com o assassinato de Zampieri. A defesa pede a liberdade dele, dizendo que não há provas que o vinculem ao crime.
Além dos cinco mandados de prisão, a operação cumpriu quatro de monitoramento eletrônico e seis de busca e apreensão, os nomes não foram revelados pela polícia.
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