segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Marco Lessa é matéria especial no Correio Braziliense. "Quero levar o chocolate para o planeta"

 

Marco Lessa que começou em Ilhéus e hoje quer levar o chocolate para o planeta.
Na foto ao lado do nosso editor Rildo Mota e do Prefeito de Ilhéus Mario Alexandre 

Se tem uma coisa da qual o baiano Marco Lessa, 53 anos, não se arrepende é de não ter sido doutor. Desde pequeno, em Guanambi, no sertão da Bahia, onde nasceu, a mãe, professora, e o pai, bancário, lhe diziam que o futuro só estaria garantido se ele fosse advogado ou médico. Não que ele tivesse algum problema com tais profissões, que são admiráveis, mas era questão de aptidão. E isso foi ficando muito claro à medida que ele se aproximava da fase adulta. "Naquela época, era o sonho de todos os pais terem um filho médico ou advogado, mas não aconteceu comigo", diz. Lessa tinha a certeza de que havia uma avenida de oportunidades à espera dele.

Nascido no sertão da Bahia, Marco Lessa se tornou um grande empreendedor. Com o Chocolat Festival, atravessou as fronteiras de Ilhéus e do Brasil. Graças ao evento, mais de 300 empreendedores conseguiram fixar suas marcas de chocolate, gerando empregos e renda. A segunda edição passará por Portugal, Bélgica e França, mas, antes, aportará em Brasília. 

Lisboa — Se tem uma coisa da qual o baiano Marco Lessa, 53 anos, não se arrepende é de não ter sido doutor. Desde pequeno, em Guanambi, no sertão da Bahia, onde nasceu, a mãe, professora, e o pai, bancário, lhe diziam que o futuro só estaria garantido se ele fosse advogado ou médico. Não que ele tivesse algum problema com tais profissões, que são admiráveis, mas era questão de aptidão. E isso foi ficando muito claro à medida que ele se aproximava da fase adulta. "Naquela época, era o sonho de todos os pais terem um filho médico ou advogado, mas não aconteceu comigo", diz. Lessa tinha a certeza de que havia uma avenida de oportunidades à espera dele.

Ainda na adolescência, os ventos do destino o levaram para o local que marcaria sua vida para sempre. O pai foi transferido para Ilhéus, que enfrentava um período de decadência por causa de uma praga, a vassoura de bruxa, que havia devastado a plantação de cacau na região. No auge da produção do fruto, que é a principal matéria-prima do chocolate, a cidade chegou a responder por mais de 60% dos impostos arrecadados pelo estado. A pujança era tamanha, que, só com os tributos oriundos da produção cacaueira, o governo baiano pagava toda a folha do funcionalismo público local. Mas esse tema pouco interessava ao jovem.

O garoto, que havia passado um tempo na capital Salvador, fez o primeiro vestibular em Ilhéus, precisamente para administração de empresas. Apesar de ter sido aprovado, decidiu também concorrer a uma vaga para o curso de arquitetura. Afinal, vários amigos diziam que aquele era o caminho para que ele exercitasse toda a criatividade que tinha. "Passei na primeira fase, no teste de aptidão, mas não dei continuidade", conta. Muito do entusiasmo que Lessa demonstrava tinha a ver com a sua paixão por gincanas. As disputas e as missões impostas o desafiavam enormemente. E seriam fundamentais para o que a vida lhe reservava.

 “Gincana é algo sagrado, deveria ser uma atividade obrigatória nas escolas. Consegue-se dialogar com união, envolve compromissos, desafios, equipes, comemorar ganhos e superar perdas. Faz toda a diferença para o futuro”, afirma o baiano. E o futuro começava a se escancarar para aquele rapaz curioso.

A avenida para aquele jovem baiano que não quis ser doutor está completamente desimpedida. “Queremos chegar à Alemanha, à Suíça e ao Oriente Médio e, claro, à Ásia”, diz. Tudo será feito com os dois pés no chão, com pequenas marcas, tendo o cacau como a grande estrela. “Entrar na Europa não é fácil. É o maior mercado produtor e consumidor de chocolates do mundo. Mas vamos chegar com um grande showroon, envolvendo vários produtos. Para isso, vamos inaugurar a primeira Casa Brasiliana, em outubro, no Porto”, revela. “Temos de sonhar sempre. E realizar. Nada é impossível”, afirma.

Com informações do Correio Braziliense

Foto: Vandilson Gomes

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