domingo, 30 de outubro de 2022

Uso político e indevido da Polícia Rodoviária Federal por Bolsonaro, deixa segundo turno sob suspeição

 


Em um movimento de sabotagem eleitoral, a Polícia Rodoviária Federal do governo Jair Bolsonaro (PL) descumpriu uma determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que a proibia de realizar operações envolvendo transporte de eleitores neste domingo (30) e realizou mais de 500 abordagens em ônibus, principalmene na região nordeste.

Tais abordagens estão dificultaram a locomoção de eleitores do ex-presidente Lula (PT), especialmente nesta região. Somente no Alagoas, foram 82 abordagens a ônibus feitas pela PRF. O número total de abordagens no país já é 70% maior em relação ao primeiro turno.

A reportagem da Folha teve acesso a documentos da PRF do Paraná que orientavam foco das abordagens policiais em transportes de passageiros:  "A fiscalização deverá ser focada nos veículos transportadores de passageiros, com o intuito de prevenir acidentes de trânsito nesse período que há um incremento de movimentação de passageiros, e de verificar possíveis crimes eleitorais, especialmente transporte irregular de passageiros ou dinheiro".

Diante das denúncias, o diretor-geral da PRF, o bolsonarista Silvinei Vasques, foi convocado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tarde deste domingo (30) para prestar explicações. À imprensa, o presidente da Corte Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que as operações foram suspensas, mas que eleitores não foram impedidos de votar, indicando que aceitou e entendeu as explicação do chefe de PRF.

Várias denuncias foram feitas por diversos líderes políticos da esquerda que detectaram centenas de abordagens contra o transporte de eleitores. O próprio Senador Otto Alencar da Bahia, disse que foi pessoalmente parado por PRFs. Após o estouro das denuncias e da reunião com o STE,  o DG da PRF se comprometeu a suspender as ações policiais. Em troca, o TSE não deve punir ninguém, nem ampliou o horário de votação. O impacto da desobediência policial será medido pelo aumento da taxa de abstenção nas áreas alvo das operações. Qualquer aumento além do que foi observado em eleições passadas entre o 1º e o 2 turnos será indício de interferência indevida no processo eleitoral.

O professor e jurista Pedro Serrano afirmou que o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, teria que ser preso imediatamente para proteger o processo eleitoral brasileiro. "O diretor-geral da PRF tem que ser preso agora e a eleição terá que ser adiada até às 21h. Caso a sabotagem interfira nos resultados, a eleição terá que ser anulada se a sabotagem interferir nos resultados", disse ele. Serrano afirmou que todos os superintendentes da PRF terão que ser afastados. "As instituições têm que mostrar força agora porque há claramente um golpe em andamento no Brasil 

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