Um projeto do ex-deputado Victório Galli (PMDB-MT), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, assegura aos líderes religiosos, de qualquer crença, expressar sua opinião sobre temas relativos à sexualidade. A iniciativa de Galli é uma ofensiva de parlamentares evangélicos e católicos ao projeto que combate a homofobia, em tramitação no Senado. Essa proposta prevê pena de até cinco anos de prisão para quem discriminar uma pessoa por sua orientação sexual. Um dos artigos, no entendimento dos religiosos, proíbe, por exemplo, que um sacerdote, em uma homilia, condene a prática da homossexualidade. Seria uma ação constrangedora e de ordem moral. O projeto que criminaliza a homofobia foi apresentado no início da década passada e não foi votado até hoje.
Projeto está no congresso há 5 anos o deputado protestante não se reelegeu |
A proposta do ex-deputado é mais uma das muitas que evangélicos e católicos apresentam para confrontar com projetos que contrariam suas convicções. Esse grupo também se opõe a projetos que preveem união civil e casamento igualitário e os que permitem casais do mesmo sexo adotarem crianças. E defendem propostas como a derrubada de resolução do Conselho Federal de Psicologia que proíbe psicólogos de promover suposta 'cura gay'.
O projeto que torna homofobia está parado na Comissão de Direitos Humanos do Senado. A relatora era a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que deixou a relatoria para ocupar o Ministério da Cultura. Paulo Paim (PT-RS) assumiu a relatoria e diz que o tema é polêmico e que precisará de muito diálogo para se chegar a um consenso.
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